Paixão, fascínio, loucura, encanto? Ainda não inventaram uma palavra capaz de descrever a relação entre as mulheres e os sapatos. É só passarmos em frente a uma vitrine de calçados para ficarmos hipnotizadas. E não importa o estilo, a cor, a altura do salto, o preço, a falta de conforto, o que realmente interessa é colocar nos pés aquele par de sapatos que está exposto na loja, onde, muitas vezes, chegamos a perder horas para tentar solucionar o dilema entre a escolha de um par de scarpins e um peep toe.
A história não para por aí, na maioria dos casos essa dúvida permanece por horas e, muitas vezes, para não nos arrependermos depois, acabamos levando os dois pra casa, pois a sensação é o prazer que sentimos ao calçar um novo par de sapatos.
Uma pesquisa feita em cinco estados brasileiros revela que as mulheres têm, em média, 32 pares de calçados e que 89% das entrevistas assumem que compram sem necessidades, mas por impulso. Esse impulso é bem antigo, alguns estudos mostram que os sapatos já estavam presentes nas pinturas paleolíticas encontradas nas cavernas da França e Espanha desde 10.000 anos a.C.
Porém, há pesquisadores que afirmam que os sapatos foram inventados na Mesopotâmia há mais de 3.200 anos e que na época eram feitos de couro macio para que os antigos pudessem atravessar as trilhas montanhosas.
No Antigo Egito só os nobres usavam sandálias de couro e apenas os faraós tinham calçados adornados com couro. Na Grécia os moradores chegaram a usar modelos diferentes em cada pé e no Império Romano, os calçados denunciavam a classe ou grupo social do indivíduo. Naquela época o sexo frágil já era priveligiado e as romanas tinham a opção de escolher entre sapatos brancos, vermelhos, verdes ou amarelos.
Mais tarde, na Idade Média, os sapatos já tinham a forma das atuais sapatilhas, mas, foi durante a Revolução Industrial que as máquinas passaram a produzir calçados em larga escala. Em seguida, no início do século XX os sapatos começaram a ser confeccionados com novos materiais e a produção passou a ser setorizada entre design, modelagem, confecção e distribuição e na década de 80, com a explosão da moda, eles acabaram se transformando em artigos de luxo, assinados por estilistas de grifes famosas e a cada estação ganham novas formas, materiais e detalhes para encantar o público feminino.
Para a nova estação, as tendências apontam para uma explosão de cores acompanhada por uma grande diversidade de materiais, onde os calçados femininos se apropriam da liberdade para ousar.
As sandálias voltam a reinar soberanas. As Anabelas, rasteirinhas e as gladiadoras continuam em alta, aparecendo tanto em tons patéis, quanto nas cores azul, amarelo, verde e vermelho. Os crocos e pítons, metalizados, vegetalizados, manchados, vazados e bordados também prevalecem aparecendo em combinações de tons e cores num mesmo modelo.
Pés à mostra e devidamente cuidados para a próxima estação, a dúvida é saber qual modelo escolher, pricipalmente quando se entra em uma loja como a Jorge Alex, localizada em Santana, que desde a década de 80, se transformou em um dos grandes templos de calçados da cidade, ou então na Galeria Melissa localizada na rua mais fashion de São Paulo, a Oscar Freire. Uma coisa sei dizer, se você é apaixonada por sapatos e visitar uma dessas lojas tenho certeza que não vai sair de mãos vazias.
Você tem paixão por sapatos?