terça-feira, 12 de outubro de 2010

Dia das Crianças!

 Época boa!!!


 Eita, que saudades dos tempos de criança , era só ir para escola estudar, brincar, ir no ballet.
  Acredito que pela infância que tive, hoje me considero  muito feliz, pois aproveitei bastante, adorava o dia das crianças, me lembro que ganhava a bicicleta do momento, barbie, jogos da Estrela, era tão legal!
   Na época meu pai tinha loja dos brinquedos Estrela e ele sempre chegava com uma novidade em casa, aí corria chamar os vizinhos  para  brincar.








  

   Como fui filha única do casamento e a caçulinha, brincava com minhas primas e sobrinhas, já que minhas irmãs eram adultas, achava o máximo quando todas viam em casa para brincar, era bem divertido e aprontávamos horroses.



Eu de tênis amarelo com minhas 3 sobrinhas!



   Adorava brincar de bater figurinha, pular elástico, esconde-esconde.
   Queria ser criança novamente.....



  

Uma idéia que sempre rola quando você é criança e de se apresentar nas festinhas da escola, olha eu de vestido verde com o chapéu de caipirinha, devia estar adorando pela minha cara.








    Meu irmão sempre foi muito engraçado e uma criança muito levada da breca,  eu por ser menor do que ele, tinha que fazer o que ele queria, não é fácil ser a caçula, sempre somos alvo dos irmãos maiores, meu irmão me pegava e me girava tanto que ficava super tonta, e também me fazia tantas cócegas que minha mãe falava: - Para Fernando ela vai ficar gaga de tanto rir....kkkkkkkk.

Vida de Plástico: Larry - O Americano

Contos de Carina - Profissão Figurante!

   Profissão: Figurante!

   Antes de ser figurante, assistia os filmes, comerciais de t.v , as novelas e nem prestava atenção nas pessoas que estavam ao redor da cena, somente no ator principal,  trabalho como figurante fazem dois anos, comecei a  perceber  os que completam uma importante cena.
   Pois em toda propaganda, campanha, filmes, novelas,  que exigem uma  grande quantidade de pessoas, os figurantes entram com um papel importante: completar a cena. 





Comercial da Tim com Blue Man Group
 Considero um trabalho bem gratificante, você faz amigos, encontra com a galera de outras figurações passadas, troca contatos, adquire experiência e ainda de quebra trabalha juntinho de vários famosos que você nunca imaginou estar tão perto, e se você trabalhar bastante o cachê no final do mês valerá muito a pena.














   Um dia que não vou  me esquecer , foi quando fui fazer a cena para um filme que foi gravado na casa da atriz Leandra Leal, aonde o ator principal era nada mais que Cauã Reymond, imagina meninas, mas uma coisa que aprendemos e exercemos na nossa profissão é o comportamento, nada de crises histéricas, pelo amor né, por mais que você ache tal pessoa o máximo, não rola de você querer pular no pescoço e  agarrar.





    Cheguei, passei no figurinista  que me pediu para colocar o vestido, fui pra maquiagem e por último arrumar o cabelo, conversa vai, cigarrinhos também, cafés, lanchinhos, frutas, e lá vamos nós, todos lindos e prontos para gravar a cena aonde os pais de uma garota rica foram viajar e ela dá uma festona na casa, chegamos no condôminio fechado aonde ficava a casa da atriz,  andávamos em bando, e as surpresas começam aparecer,  para se chegar na casa era uma  longa descida,  eu e as meninas todas no salto alto dando muita risada.
   Nos  posicionamos para o diretor analizar todos  separados por grupos, de um lado os amigos ricos, do outro os moderninhos que até então eu fazia parte, atenciosa que sou percebo que o diretor fala bem baixinho algo sobre mim para o figurinista, na hora pensei, pronto, que será. Ele gentilmente falou: - Vamos trocar seu figurino pois você tem perfil de menina rica, então ele pediu para eu ir  jantar antes de todos pois seria a única a ter que se trocar, fazer novamente outro make e hair, vai achando que é fácil.




   Naquele momento me dirigi para a área do Buffet pensando, só comigo acontece essas coisas, quando entro dou de cara com  Cauã Reymond, outros atores e a produção sentados em uma grande mesa jantando, na hora olhei discretamente e pensei novamente, só comigo mesmo, minhas amigas não vão acreditar,  peguei o prato e comecei a me servir, o Cauã veio pegar mais comida e me comprimentou, me lembro que ele veio ao meu lado e se serviu de ovos cozidos cortados ao meio, era tão surreal que até  lembro de ter pegado uma metade do ovo.
   Fui me sentar para jantar em uma das  mesas super compridas quando o pessoal tão gentil  falou : - Vai comer aí sozinha? Senta aqui com a gente. Eu super tímida, acreditem, sentei e comecei a jantar e a responder perguntas sobre minhas tatuagens, porque somente eu estava jantando. Quando terminei corri lá fora e falei pra minhas amigas, vocês não vão acreditar.
   Me arrumei novamente e nos posicionamos, eu ficava na varanda da casa, bem de frente para o Cauã que fazia o papel de um dj, enquanto aguardavámos para a cena começar a ser gravada, via o Cauã olhando minhas tattoos, pois no primeiro figurino estava de meia-calça e no outro não mais, eu pensava, Cauã Reymond está me olhando.
   Aonde estava passou um homem da produção perguntando quem fumava. - Eu! disse  aliviada de poder fumar um cigarro depois de horas que já estava sem fumar, ele se dirigiu a mim com um cigarro de marca não tão boa, falando quando for gravar você acende e começa a dançar, meus amigos fumantes comentavam: - Sortuda você, tô louco pra fumar, - Me dá um trago Carina.
   Pra quem acha que a profissão de figurante é tudo muito lindo e maravilhoso, acreditem, ser figurante tem que ter  bom-humor, paciência, disposição e fazer o que te pedirem, eu tive que acender 40 cigarros fácil e dançar horas, claro que quando tudo acaba, você está morto de cansado, com os pés doendo e eu ainda fiquei com bode do cigarro de tanto fumar, mas tudo vale a pena se você gosta do que faz e eu com certeza adoro.









   Já gravei em shoppings, supermercado, estádios de futebol, nas  principais ruas de São Paulo, praças públicas, hotéis, igreja, praia, autódromo, bares, restaurantes, geralmente  gravamos na madruga, pois certos lugares precisam estar vazios, sem a presença do público.



   Não existe um filme de guerra onde não há soldados, nós estamos lá para preencher a cena, e somos tão importante quanto, então é bom se acostumar com a carga horária pesada de grandes gravações, pois você repete a mesma cena se precisar muitas vezes e o pique tem que estar junto do começo até o fim, e se precisar na manhã seguinte.
   Sempre que vou gravar passo antes de sair de casa protetor solar e levo o tubo na bolsa, pois muita gente se esquece que começamos na madrugada, mas o dia vai chegar e junto aquele sol  fritando você, e muitas vezes esse sol e a gravação vai até  às seis da tarde. Cansada tudo bem, ardendo e vermelha que o pimentão  não dá né!


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